terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Gélidas mãos do prazer


Não tenho coisas para te dar
apenas te posso oferecer as minhas mãos gélidas
ou as pálidas palavras cansadas de viver
elas quando emergem sobre a escuridão as tristezas tuas manhãs
o entra e sai da porta sibilada distante
que mente
ausente de ser
outras coisas à janela das minhas pobres gélidas mãos de linho,

Nada eu tenho para te oferecer
(já nem os meus livros) gélidas mãos do prazer
queimei todos os papeis frágeis que viviam e dormiam
no meu corpo de pérola cinzenta
lenta
a morte das coisas que tive
e deixei de ter
e não mais voltarei a ver.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
Alijó

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