Não tenho coisas para te dar
apenas te posso oferecer as minhas mãos
gélidas
ou as pálidas palavras cansadas de
viver
elas quando emergem sobre a escuridão
as tristezas tuas manhãs
o entra e sai da porta sibilada
distante
que mente
ausente de ser
outras coisas à janela das minhas
pobres gélidas mãos de linho,
Nada eu tenho para te oferecer
(já nem os meus livros) gélidas mãos
do prazer
queimei todos os papeis frágeis que
viviam e dormiam
no meu corpo de pérola cinzenta
lenta
a morte das coisas que tive
e deixei de ter
e não mais voltarei a ver.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
Alijó
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