A
palavra escrita
Assassinada
no coração do poeta,
A
vaidade secreta
Quando
a noite habita o teu corpo,
Meu
amor…
És
absorvida pelas lâminas da paixão das pedras,
Dormes
em mim,
Levantas-te
dos sonhos
E
voas nos meus braços,
Tão
cansados…
Meu
amor…
Tão
cansados de amar,
De
chorar,
Tão…
Tão
cansados dos teus lábios de sombra desenhar,
O
teu olhar,
Meu
amor…
Um
rochedo de insónia
Em
suicídio no rio sem nome,
Abrem
as portas da cidade,
Ouvem-se
os gemidos das lâmpadas em paixão,
Descias
em mim,
Davas-me
a mão…
Meu
amor,
Entre
dedos e uma infância poética,
O
capim enrolava-se nos teus seios de menina,
Felizes,
Eles,
Sobre
o meu peito,
Sem
janela,
O
vazio suor da tua pele,
Um
minúsculo quarto de saliva,
Um
livro poisado numa secretária,
O
papel,
A
caneta,
E
eu,
Meu
amor,
Esperando
o regresso do teu ventre silabado,
Hoje
é sábado…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sábado,
13 de Junho de 2015