sexta-feira, 12 de junho de 2015

Beijo em desespero


Tínhamos regressado do abismo cansaço da solidão,

Havia uma ténue nuvem de fumo sobre o corpo de pedra

Que permanecia sentado junto ao mar,

Os barcos transformavam-se em domingos à tarde

Quando passavam entre os nossos braços,

Paravam,

Olhavam-nos,

E fugiam…

 

Uma bandeira descolorida

Baloiçava na ferrugem nocturna da tempestade,

Havia sempre um beijo em desespero,

Havia sempre o sorriso da maré no teu sorriso,

 

E fugiam,

 

Ruma à cidade.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 12 de Junho de 2015

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