Quero lá eu saber do
Universo,
Meu grande amigo…
A falta que tu me fazes,
Enquanto tu e eu…
Desenhávamos sorrisos de
silêncio
Nas primeiras horas da
madrugada…
E tu, tu tinhas razão…
Em todas as palavras que
me ensinaste.
Agora, meu grande amigo,
há quem apregoe que fiquei louco...
Como se a loucura se
vendesse dentro de um cartuchinho
À dúzia ou à meia-dúzia…
À porta dos sombreados
telhados de prata…
Das nossas conversas…
Mas falando do Universo,
Quero lá eu saber, meu
grande amigo,
Do infinito Universo…
Quando tenho problemas
mais complexos de que a extinção do Universo…
Pois então que se extinga,
e já.
Vê tu, vê tu meu grande
amigo,
Escrevo poemas falando da
Lua
Desenhando o luar nas
mãos de minha amada…
E sabes tão bem como eu…
Que a Lua não é nada…
É apenas poeira e rochas.
Vê tu, vê tu meu grande
amigo,
Escrevo poemas dando
nomes às estrelas…
Quando tu e eu, quando tu
e eu sabemos tão bem…
Que as estrelas são
apenas uma enormidade de plasma…
Com luz própria.
Escrevo poemas ao mar,
Meu grande amigo…
E sei que minha amada transporta
o mar nos lábios…
E agora percebo-te tão
bem…
Tão bem…, meu grande
amigo…
Ambos sabemos que o mar é
apenas água…
Água salgada…
E é tão azul…
Como o azul dos meus
olhos.
01/07/2023
Francisco