sábado, 1 de julho de 2023

Meu amigo

 

Quero lá eu saber do Universo,

Meu grande amigo…

A falta que tu me fazes,

Enquanto tu e eu…

Desenhávamos sorrisos de silêncio

Nas primeiras horas da madrugada…

E tu, tu tinhas razão…

Em todas as palavras que me ensinaste.

 

Agora, meu grande amigo, há quem apregoe que fiquei louco...

Como se a loucura se vendesse dentro de um cartuchinho

À dúzia ou à meia-dúzia…

À porta dos sombreados telhados de prata…

 

Das nossas conversas…

Mas falando do Universo,

Quero lá eu saber, meu grande amigo,

Do infinito Universo…

Quando tenho problemas mais complexos de que a extinção do Universo…

Pois então que se extinga, e já.

 

Vê tu, vê tu meu grande amigo,

Escrevo poemas falando da Lua

Desenhando o luar nas mãos de minha amada…

E sabes tão bem como eu…

Que a Lua não é nada…

É apenas poeira e rochas.

 

Vê tu, vê tu meu grande amigo,

Escrevo poemas dando nomes às estrelas…

Quando tu e eu, quando tu e eu sabemos tão bem…

Que as estrelas são apenas uma enormidade de plasma…

Com luz própria.

 

Escrevo poemas ao mar,

Meu grande amigo…

E sei que minha amada transporta o mar nos lábios…

E agora percebo-te tão bem…

Tão bem…, meu grande amigo…

Ambos sabemos que o mar é apenas água…

Água salgada…

E é tão azul…

Como o azul dos meus olhos.

 

 

 

01/07/2023

Francisco

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