(à
fã número um deste blogue…!)
Sítio
abstracto buraco, aos ouvidos do mar,
percebe-se que amo
amo qualquer coisa estranha, mundana,
indefinida pelo tempo.
Mísera flor quando dança no rosto da
abelha o exemplar momento de amar; Moisés, perde-se de amores por qualquer
coisa, estranha.
Estranha será a manhã, será um pedaço de
pão com manteiga, sítio, poderia ser de pedra, mas quis Deus que o abraço fosse
de mar.
O mar.
O amar.
O sítio teu cabelo que me diz que dentro
do meu coração apenas existe um pequeno fundo de maneio, composto por algumas
palavras, outras palavras, o mar, o amar, quando a lua se senta sobre o sol,
quando os pássaros escrevem na areia;
Amo-te.
Outro sítio de onde venho e de onde
trago,
mínguas manhãs que transportam nos
braços, maçãs, fruta de engano
este sítio onde habito,
neste sítio onde me afogo. A pedra é
comida pelas formigas comunistas obrigadas a plantar cardos sobre o mar; amei a
flor do teu cabelo, hoje.
Amei este cardo, odeio este mar, semeado
sobre ele a tristeza, nunca acreditei, e agora acredito, que amei uma pedra,
uma pedra tão bela, que as manhãs são papoilas junto ao rio. GREVE.
Mútua equação são os teus seios…
(Francisco
10/04/2024)