Escondo-me na floresta
dos silêncios
Onde aprisiono as palavras
da madrugada,
Levito pelas sombras em
silêncio
Que brincam nesta
floresta
Como uma árvore cansada…
Em busca do pôr-do-sol,
Encosto-me às sombras do
silêncio
E procuro a solidão da
noite,
E procuro a minha alma
Que vendi noutros tempos…
A um triste caixeiro-viajante,
Escondo-me na floresta da
tristeza
Nas garras de um
prometido luar…
Enquanto uma estrela cinzenta,
Em lágrimas…
Procura no silêncio onde me
escondo,
Desta floresta dos
silêncios…
As tristes minhas
madrugadas,
Escondo-me dos dias,
Das horas dos dias…
E que a morte regresse…
Para levar para longe,
Este poeta que há em mim…
E todos os poemas que
escrevi…
Acreditando
Que da floresta dos
silêncios
Um dia… um dia nascerá a
saudade,
E quando o poeta morrer,
Se Deus quiser que seja
breve…
Na floresta dos silêncios
Ficarão as minhas
palavras,
E um pedacinho do mar que
tanto amei…
E que antes de morrer…
Prometo odiar
E inventar nestas árvores
invisíveis…
O sonho de uma criança,
No sonho das lágrimas que
a insónia transforma em poesia.
06/07/2023
Francisco
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