Acabo de sepultar
As tuas palavras neste
vaso de porcelana,
Cerro-o para jamais
chorar,
E lanço-o na lareira em
chama,
Assassino o poema,
Ergo-o sobre as lágrimas
do mar,
E enquanto olho aquele
vaso de porcelana,
Finjo que as minhas palavras
são pedacinhos de luar…
São um pedacinho de nada.
Sepulto o poema na tua
mão,
E espero que acorde a
madrugada,
São as minhas ruínas em
tristes palavras de abraçar,
São janelas que se cerram
no meu coração,
Sem perceber que este
poema é um pedaço de lágrima a chorar.
Alijó, 09/10/2022
Francisco Luís Fontinha
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