Não
tenho flores no meu jardim,
Não
tenho árvores no meu jardim,
Só
tenho pedras no meu jardim,
Só
tenho palavras no meu jardim.
O
meu jardim é um poejardim,
Tem
cabeça,
Tem
mãos,
E
as ditas pedras
Que
lanço contra as palavras,
As
palavras que o meu jardim dá…
Também
tenho no meu jardim lágrimas
E
sombras envenenadas.
No
meu poejardim,
Brincam
crianças invisíveis, crianças mimadas,
Sentam-se
fotografias prateadas…
Não
tenho flores no meu jardim,
Mas
tenho no meu jardim, almas penadas.
No
meu triste poejardim,
Onde
aprendi a chorar…
É
sem dúvida um poejardim com janela para o mar.
Alijó,
10/10/2022
Francisco
Luís Fontinha
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