Não saíamos onde
habitavam os sonhos.
Tínhamos na mão, depois
da tempestade,
Todas as palavras envenenadas
pelo silêncio e,
Mesmo assim, pertencias
aos velhos muros em xisto,
Onde pequenos pássaros em
papel…
Dormiam depois de
regressarem do luar.
Erguia-me.
Perante o altar da
solidão,
De punhos cerrados ao
vento,
Suplicava que as minhas
palavras,
Que os riscos que deixava
no chão,
Partissem em direcção ao
mar,
Como fazem todos os rios.
Depois, talvez em frente
ao espelho,
Cruzava os braços,
Puxava de um cigarro
invisível…
Sabendo que ontem, depois
da chuva,
Partiram os teus cabelos
de nuvem adormecida.
´
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 02/07/2022
Sem comentários:
Enviar um comentário