Não
me digas as palavras que eu te prometi.
Ontem,
reinava o silêncio, no interior do teu abraço,
As
flores, cansadas de dormir, acordaram com o teu sorriso,
Dilacerado
nas manhãs de Sábado.
Não
gosto dos Sábados, meu amor.
Fico
estúpido, burro,
Durmo
na despedida do Adeus,
Às
vezes, esqueço-me de almoçar,
Lanchar,
Ou…
jantar,
Coisa
pouca,
Ninguém
morre por não comer.
Não
me digas as palavras que eu te prometi,
Porque
este livro em solidão,
Assusta-se
com a minha voz,
Foge
de mim,
Como
um mendigo,
Ou…
sem-abrigo.
Não,
Não
me digas,
As
palavras,
Em
voz alta,
As
palavras que eu te prometi,
E
mesmo assim, hoje, escrevo-as no teu olhar.
Sinto-me
cansado dos dias,
Das
noites,
Sem
dormir,
Vagueando
num corredor escuro,
Sombrio,
Que
me traz à lembrança, a morte.
Essa
mesmo,
O
final do dia,
O
eterno desgosto,
Que
abraçam os livros de poesia.
Oiço-te,
Lá
longe,
Nas
páginas esquecidas da sonolência das palavras,
E
mesmo assim,
Grito,
Sufoco
com os gritos das pedras,
Também
elas, tristes, gastas, e, cansadas.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
15/01/2020
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