Aqui
estou eu;
Sentado
sobre esta pedra adormecida pelo cacimbo.
Aqui
estou eu pensando nas metástases nocturnas da infância,
Junto
ao mar,
A
revolução avança,
O
soldado tomba na penumbra, morre.
Cada
soldado tem um pai,
Cada
soldado tem uma mãe,
Cada
soldado tem mulher, filhos, irmãos…
E
uma espingarda na mão,
Que
dispara palavras.
Aqui
estou eu;
Sentado
no teu colo,
Afago-te
o cabelo,
E
mais logo,
Ao
final da tarde,
Um
pássaro de papel invade o teu olhar.
É
isto o amor.
Amar,
Ser
amado,
E
escrever palavras no chão molhado.
Aqui
estou eu;
Sentado
numa pedra adormecida (pelo cacimbo).
Sei
que respiro,
Sei
que estou vivo,
Porque
escrevo,
Beijo,
E
não me sinto perdido.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
11/10/2019
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