Um
fio de luz,
Desce
o teu corpo,
Tens
na algibeira o livro da nova poesia,
Que
um dia, vai aportar na tua mão.
Trazes
nos lábios o sabor da cereja bravia,
Cansada
de correr,
E
um dia,
Junto
ao mar,
Vai
morrer.
Trazes
nos cabelos a luz da madrugada,
Negra,
Sem
perceber,
Que
a paixão,
Um
dia, que a paixão um dia vai adormecer.
Trazes
na boca a loucura,
As
tâmaras apaixonadas da Primavera,
Toco-te,
e acaricio-te…
E
da minha mão,
Brotam
toneladas de palavras.
São
rosas,
São
gladíolos…
São
jardins em construção…
Como
vampiros.
Um
fio de luz, no teu olhar.
Serve-me.
Inspira-me.
Enquanto
desce a noite nos teus seios…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
27-04-2019
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