Canso-me das tuas palavras, meu amor,
Canso-me do
teu sorriso… quando sou alicerçado aos rochedos e na minha vida não existem
sorrisos,
Canso-me do
teu olhar, meu amor… quando regressa a noite e odeio um simples olhar,
Canso-me da
riqueza e da beleza das coisas… mesmo as mais belas,
Canso-me da
tua sombra quando o orvalho rompe pela manhã e nas tuas mãos trazes o lenço da
saudade,
Canso-me de
mim, meu amor,
Canso-me
dos meus poemas, meu amor… quando os meus poemas são apenas palavras desconexas
e perdidas no vento,
Canso-me do
silêncio, meu amor… quando amo a trovoada e a chuva de Verão,
Canso-me dos
rios e dos montes,
Canso-me do
mar e da infância…
Canso-me
tanto, meu amor…
Canso-me
tanto, meu amor.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó, 22
de Junho de 2017
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