Seus
olhos voaram enquanto a tempestade se alimentava do vento,
A
ténue Primavera não acordou, hoje, nem acordará tão brevemente,
O
silêncio pertence à noite,
O
desejo pertence-lhe, só a ela, ele… embainhado nas palavras…
Sofrendo
como sofrem todos os poemas depois de lidos,
Seus
olhos voaram…
E
o vento no estômago da tempestade,
Gritava
E
desenhava estrelas no luar,
E
gritava,
Sem
perceber porque dormiam os pássaros
Na
janela encerrada…
Quando
o mar,
Também
ele, berrava,
E
seus olhos voaram…
E
seus olhos transformaram-se em luz divina,
Que
nenhum homem consegue abraçar.
Francisco
Luís Fontinha
terça-feira,
2 de Fevereiro de 2016
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