Deixei
de sentir as minhas palavras no teu corpo,
Fixei
as tuas lágrimas no lençol de espuma
Que
cobria o teu olhar,
Cruzei
os braços,
Puxei
de um cigarro… e disse-te adeus…
Como
se nunca mais te visse!
Ausentei-me
dos teus horrores,
Alimentei-me
da solidão que proliferava nas tuas mãos,
Cerrei
os olhos…
Esqueci
que tenho um esqueleto,
Que
sou humano como tu…
Da
sombra embriagada do silêncio à medula espinhal do desejo…
Fui!
Fomos!
E
nunca mais te vi neste jardim de aromas artificiais
Que
habita este esconderijo de porcelana…
Francisco
Luís Fontinha
quarta-feira,
3 de Fevereiro de 2016
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