Esta
caneta de marfim
Que
treme a minha mão,
Infinita
na rasurada folha de papel,
Ela,
absorve-me,
Como
se eu fosse um filho obediente,
Capaz
de rasgar todas as palavras escritas,
Esta
caneta de marfim
Que
às vezes dorme na minha mão,
E
sonha na minha mão…
Esta
caneta de marfim…
Cansada
da minha mão,
Dor
mar,
Do
luar
E
das estrelas,
Também
eu me sinto cansado desta caneta de marfim
Que
treme a minha mão,
Me
grita,
Chora…
A
cada palavra sussurrada pelo teu olhar,
A
cada palavra assassinada pelos teus lábios,
Esta
caneta,
Morre
a cada final de página…
Francisco
Luís Fontinha
sexta-feira,
5 de Fevereiro de 2016
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