Meu
amor,
Quando
os teus seios dormem suspensos nos socalcos do Douro
E
o Rio se perde na última curva do anoitecer,
Invento-te,
Escrevo-te…
Faço-o
sem o saber,
Ou
querer…
Sentir
em mim as tuas mãos de xisto lacrimejante,
Sentir
em mim os teus lábios de uva mendigando os meus lábios de luar…
Meu
amor,
Quando
o teu olhar se esconde no Pôr-do-sol,
E
uma gaivota alicerça-se ao meu peito,
Sinto
o teu perfume vaiado sobrevoando todos os cadeados do teu corpo…
Ai…
ai meu amor,
Este
sol,
Este
Rio…
E
estes barcos em papel,
Inventando
sorrisos nas lâminas da paixão.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira,
2 de Outubro de 2015
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