domingo, 26 de abril de 2015

O espelho


Esta vida em crescentes cansaços

a pele iluminada na ira do vulcão

como sempre

esboçando nos tentáculos orgasmos dos homens

este amor

meu amor

um computador

novo

(ao menos

enquanto estiver com ele

não penso em ti...)

como quando desenho noites

nos teus lábios

no espelho da cidade que nunca sorri...

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 26 de Abril de 2015

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