terça-feira, 28 de abril de 2015


Sabíamos que o tecto da saudade

Deslizava sobre o silêncio da morte

O homem acabava de pertencer…

… de pertencer à solidão

Havia na madrugada

Panfletos de insónia

Voando contra o luar

Amanhã saberei porque morrem os pássaros

E as abelhas do inferno

Como nascem as lágrimas no teu sorriso

Sabíamos que o tecto

Morto

Salivando barcos a vapor

E pequenas marés de enxofre

E sabíamos

E não conseguimos acordar…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Terça-feira, 28 de Abril de 2015

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