Viajo
nas tuas mãos
Andorinha
selvagem
Sem
poiso
Agreste
Na
sombra da viagem
Peço-te
o beijo da despedida
Não
o queres
E
rejeita-lo como se fosse uma faca de sangue
No
corpo da paixão
Ignoro
a tua ausência
Não
percebo porque existem ruas desertas
Mulheres
Mulheres
sem nome
Galgando
a penumbra madrugada
Sem
sossego
Sem
Sem
nada
Viajo
dentro de ti
À
boleia do desejo
A
sagrada noite vestida de lentidão
Sem
Sem
nada
Amanhece
Cresces
entre os desassossegos da liberdade
Trocas
o beijo prometido
Por
Ausência
Falta
de tempo
Porque
amanhã
Tenho
de trabalhar…
E
eu
E
eu amanhã tenho de escrever-te
Dizer-te
Dizer-te
o que nunca tive coragem de o dizer
(covarde)
Eu
sei
Sempre
o fui
E
sempre o serei…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira,
29 de Abril de 2015
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