(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
São as noites
perdidas nos teus braços invisíveis,
há nos teus lábios
o sabor da partida,
entre beijos
esquecidos,
e tardes amigas,
sentidas nebulosas
mãos no meu rosto,
quando cresce em ti
a solidão das marés em fúria,
são as noites,
que te trazem ao meu
esconderijo,
sem espelhos
adormecidos num quarto de pensão...
às palavras o
silêncio,
quando desnuda te
debruças sobre a madrugada,
e sentes... o meu
corpo em cinzas navegando no teu ventre!
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 18 de
Fevereiro de 2015
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