(desenho
de Francisco Luís Fontinha)
Partiram,
levaram o miúdo dos calões e o caixote em madeira,
Alguns
tarecos, pouca coisa e fotocópias de fotografias envenenadas pelo
silêncio, na algibeira, o amor, o desejo do mar, dos barcos e das
coisas
Simples?
Os
livros,
E
das coisas sem nome,
Sombras
de mangueira?
E
beijos, das coisas travestidas de saudade, dos livros lidos nas
entranhas do desejo, caminhávamos entre quatro círculos de luz,
abraçavas-me como se abraçam os pássaros, as acácias e os
pindéricos cabelos de nata,
Amanhã
amo-te...
Partiram,
fugiram das noites embriagadas com direito a limonada e a sexo,
construíram cubatas nos musseques da alegria, saltaram muros e
muros, tinha medo das curvas da vida, adivinhava os beijos como sendo
abelhas em flor, sobre as casas sem nome, idade, e
Sexo?
Só
depois das seis,
E
sonhos, de um dia regressar...
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira,
17 de Fevereiro de 2015
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