(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
A morte
suspende-se-lhe no peito
como uma âncora de
luz atravessando a solidão dos dias
os minutos em
euforia
depois de passar a
tempestade
e nas mãos poisa
uma caneta invisível
sem tinta
palavras...
os minutos
desassossegados como cidades a arder
as cancelas do
silêncio caminhando junto ao mar...
sós
nas lânguidas
canções de areia
e nos atormentados
sonhos da madrugada,
Uma vírgula sem
Pátria
a aldeia encalhada
nos seios da alvorada
uma flor cansada
na lapela
morte
depois regressam as
saudades
e os beijos de
papel...
e no peito nascerá
uma lápide de sombra
como todas as
lápides de sombra nos sótãos dos loucos amantes
em corpos
incandescentes
do amor
e da paixão...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Terça-feira, 17 de
Fevereiro de 2015
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