quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


(desenho de Francisco Luís Fontinha)


Regressar, mãe?
O texto escreve-se no teu corpo, a partida pertence ao passado, triste, tão triste como fazer amor num vão de escada,
Os gemidos,
Os silêncios mergulhados na algibeira do cansaço, amanhã saberei se me pertences, maldito caixote em madeira,
Alguns tarecos, meia dúzia de fotocópias de fotografias,
O mar, mãe?
O mar... morreu,
Como morrem todas as coisas belas.


(ficção)
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015

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