(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
A mentira dos homens
mergulhada na falsa
memória,
a solidão das
palavras,
escritas e semeadas,
nos longínquos
corredores da insónia,
o imperfeito corpo
do espelho que alimenta a paixão...
em pedaços,
tão pequeninos...
como grãos de areia em pleno voo matinal,
as telas amordaçadas
que habitam a minha casa, ardem,
sinto o fumo de néon
quando pego numa caneta,
tenho uma carta para
escrever...
mas,
mas mergulho na
falsa memória,
sem destinatário,
sem remetente...
tão sós...
o subscrito,
e a folha de papel
oferecida por um pindérico pássaro de cigarro nos lábios...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 15 de
Janeiro de 2015
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