Este edifício
envidraçado
que não cessa de
chorar
esta noite húmida
vestida de mulher
que não se cansa de
gritar...
este cansaço teu
esta rua sem ninguém
este espaço exíguo
que ofusca o teu
olhar...
esta cidade recheada
de mendigos
como eu
assim...
procurando abrigos,
este teu corpo
engraçado
que ilumina a
sanzala do adeus
este teu desejo
premeditado
que se enforca na
terceira árvore do jardim,
este edifício
doente
triste
e com odor a
solidão,
esta cidade que me
sufoca
e arde
no meu peito
desassossegado...
sem me dizer... sem
me dizer que hoje não há luar,
falta-me o lugar
e a estrada para
caminhar,
e quando encontrar o
rochedo da dor...
parar
e me sentar.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 8 de
Outubro de 2014
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