Os muros da tua insónia servem para me
ausentar dos teus beijos,
tenho medo das tuas mãos, e do teu
sorriso, e dos... medo dos teus olhos de andorinha de papel,
os muros da tua pele são como o
Pôr-do-Sol..., sento-me e imagino-me dentro do Oceano,
procurando algas, procurando barcos em
esferovite... e coisas sem sentido, como os teus lábios,
cansados,
tão cansados que são eternamente
sonhos,
pedras,
janelas com figurantes vestidos de
neblina,
sandálias,
pernas,
as mãos da andorinha de papel...
procurando-me enquanto imagino o meu
corpo prisioneiro no Luar...
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 5 de Março de 2014
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