sexta-feira, 24 de junho de 2016

Insónia da meia-noite


Habito neste poço

Mergulhado na escuridão,

Sinto o abraço do fantasma de cartão

Que foge da algibeira do moço…

Sem saber o significado do amor,

Ou da razão

De amar,

De ser amado,

O deslumbrante cidadão…

Aconchegado

Ao sorriso de algodão

Que alimenta a dor

E o cansaço da mão…

Esfuma-se no silêncio do mar.

 

Francisco Luís Fontinha

sexta-feira, 24 de Junho de 2016

quarta-feira, 22 de junho de 2016

O guerreiro das marés


O meu corpo sangrando

E o teu sorriso como balas de prata

Contra o meu peito,

As flores do amanhecer gritando…

Porque as casinhas de lata

Estão tristes e sem jeito!

 

Francisco Luís Fontinha

quarta-feira, 22 de Junho de 2016

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Silêncio dos cigarros prateados


A noite poisa a mão do guerreiro sobre os lençóis do sono,

Os cigarros transportam o vómito,

E aos poucos vão adormecendo no cinzeiro da solidão,

Não mais pertencerei a este silêncio

Que habita o meu corpo,

Daqui a alguns dias,

Eu,

Este corpo camuflado pelo incenso da madrugada,

Entrará em putrefacção anónima…

E serei apenas um cadáver de cinza prateada.

 

Francisco Luís Fontinha

segunda-feira, 20 de Junho de 2016