A serpente enrola-se no
pescoço da manhã, e sem o saber, deita-se sobre a sombra, puxa de um cigarro,
ilumina a fragilidade do sono,
E emerge no rio a
tempestade de estar vivo; ele, precisa de morrer, e não sabe como o fazer.
A morte desejada será o
sossego quando o seu corpo for apenas pó,
Cinza esquecida sobre a
mesa, lâminas de insónia, capazes de atropelar qualquer objecto deposto na
algibeira de um pedaço de terra,
Sinto-me cansado de amar
e cansado do silêncio que lança para o mar,
Coisas; objectos.
Pedras.
Espadas que se espetam no
peito da aurora boreal, e dele, jorra um líquido místico de penumbra e de
vento. Todas as janelas desta casa estão prisioneiras de um momento, ou de um
pequeno nada
Sem sentido, sem estrada.
Todos, somos pequenos
objecto, sem sentido, sem vida.
Sem estrada.