domingo, 18 de agosto de 2024

 

A serpente enrola-se no pescoço da manhã, e sem o saber, deita-se sobre a sombra, puxa de um cigarro, ilumina a fragilidade do sono,

E emerge no rio a tempestade de estar vivo; ele, precisa de morrer, e não sabe como o fazer.

 

A morte desejada será o sossego quando o seu corpo for apenas pó,

Cinza esquecida sobre a mesa, lâminas de insónia, capazes de atropelar qualquer objecto deposto na algibeira de um pedaço de terra,

 

Sinto-me cansado de amar e cansado do silêncio que lança para o mar,

Coisas; objectos.

 

Pedras.

Espadas que se espetam no peito da aurora boreal, e dele, jorra um líquido místico de penumbra e de vento. Todas as janelas desta casa estão prisioneiras de um momento, ou de um pequeno nada

Sem sentido, sem estrada.

 

Todos, somos pequenos objecto, sem sentido, sem vida.

Sem estrada.

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