Em teus lábios,
Exoplaneta em flor,
Ao cansaço em pedacinhos
de mel,
Dos corredores onde me
perco,
E me escondo do teu
olhar,
Em teus lábios,
Onde poisa o sonolento
mar
E as primeiras lágrimas da
manhã,
Trazem a ti a ausência,
Uma máscara de sono,
Lentamente,
Em solidão,
Acorda a areia fina dos
tristes luares que a noite assassina,
E do teu corpo,
Ergue-se o poema.
Escrevo-te, escrevo-te na
lentidão do silêncio,
Quando colocas sobre mim,
As tristes imagens de um
Oceano em fuga,
Onde se afoga o sonho,
Onde se esconde o sonho,
Em teus lábios,
Meu amor pedaço de mel…
Habita o lugar perdido
Que apenas as tempestades
conhecem…
E do medo,
Vem a mim o teu corpo
desejado.
Alijó, 21/02/2023
Francisco Luís Fontinha
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