Se sonhas,
Não sonhes,
Atira pedras às árvores e
aos pássaros,
Aprisiona o sol na tua
mão…
Se sonhas,
Não o faças,
Dorme dentro do quadrado,
Entre o silêncio do luar
E a pasmaceira das tardes
junto ao mar,
O mar é uma merda,
Água,
Barcos em aflitas
gargalhadas,
Depois…
Depois trazem a noite,
E com a noite,
A porcaria das estrelas,
Poeira cósmica,
Lágrimas de néon,
Pó,
Se sonhas,
Não sonhes,
Atira pedras às árvores e
aos pássaros,
Aprisiona o sol na tua
mão…
Cruza os braços,
Cerra os olhos;
Depois…
Desliga o interruptor que
tens dentro de ti...
Alijó, 20/02/2023
Francisco Luís Fontinha
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