Há-de nascer uma estrela pincelada de saudade
Em teus olhos de
amanhecer,
Cidade embalsamada
Nas sombras amordaçadas,
Pássaro em papel,
Cor devastada do
sombreado silêncio,
Sol dos pequenos cubos em
vidro…
Há-de nascer o rio em
teus braços,
Teus braços que
transportam o meu esqueleto,
Este pobre esqueleto dos
loucos luares,
Há-de nascer, em ti, uma
estrela pincelada de saudade
Em teus olhos de
amanhecer,
Em teus olhos de beijar…
Há-de nascer nos teus
lábios
A primeira madrugada,
Cidade… cidade embalsamada.
Alijó, 21/02/2023
Francisco Luís Fontinha
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