Enquanto a manhã está em despedida
E o meu esqueleto
envidraçado
(já em poeira)
Oiço o som da
saudade
Aquele que ouvi
durante a partida
E poisa
docemente no meu passado,
E da manhã se
vai o sono
O sono das
tristes flores do meu jardim
Onde me sento
Onde me deito,
E esta manhã
enervada
Abraça-se ao meu
pescoço
Sufoca-me,
E depois de a
manhã partir
Fico a olhar os
pássaros
E as árvores,
E depois…
Depois vem a
noite.
Alijó,
09/01/2023
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