Dêem-me um nome
Um pequeno nome
Dêem-me um pedaço de
terra
Para sepultar o meu nome
Um pequeno nome
Nome sem nome
Numa árvore com nome
Um poema sem nome
Um pequeno nome
Este meu pobre nome
Um nome
Para este retracto anónimo
O último pendura na
última parede
Fria e nua e sem nome
Um nome
Um pequeno nome
Dêem-me um nome
Para o meu corpo sem nome
Porque não tenho nome
Nem tenho uma parede para
pendurar o meu corpo
Sem nome.
Alijó, 27/11/2022
Francisco Luís Fontinha
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