Puxo de um cigarro,
Bebo este café envenenado,
Sentado,
Imagino-te suspensa na
minha mão,
Enquanto a alvorada
Morre nos teus lábios.
E pergunto a este cigarro
Que me há-de matar um dia
Porque morrem as minhas
palavras
Na luz do teu olhar,
Porque morre a minha
poesia
Na cinza deste cigarro,
Nas borras deste café
Incendiado,
Deste café apaixonado.
Alijó, 06/11/2022
Francisco Luís Fontinha
Sem comentários:
Enviar um comentário