sábado, 26 de novembro de 2022

Os barcos da minha infância

 Procuro na tua boca

O simples abraço nocturno dos pássaros embriagados

Procuro nos teus lábios

Os barcos da minha infância

Que repentinamente deixei de olhar.

 

Tragam-me aquele mar de incenso

Tragam-me as lágrimas dos poemas

Que deixo no teu diário

E quando tiver o simples abraço nocturno dos pássaros embriagados

Posso partir em paz; entre o silêncio e a madrugada onde poisas a cabeça.

 

Procuro nas tuas mãos de sono

As tristes palavras que habitam no meu peito

E este feitiço de sémen

Permanecerá enquanto houver manhã

Como as flores dos teus olhos.

 

 

 

 

Alijó, 26/11/2022

(Francisco)

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