Poisam
na tua voz
Os
beijos das flores aprisionadas,
Sentam-se
na tua voz
As
tardes de mim, distantes e cansadas,
Deitadas
Nas
andorinhas floridas.
Poisam
na tua voz
As
lágrimas perdidas…
Enquanto
estas tristes palavras
Morrem
junto ao mar;
Poisam
na tua voz
Os
barcos que não conseguem zarpar…
Porque
se sentem sós,
Porque
estão amargurados…
Poisam
na tua voz
Os
corpos amarrotados,
Invisíveis
pelas manhãs de Outono.
Poisam
na tua voz as pedras cinzentas
Que
brincam no meu jardim,
E
onde todas as noites te sentas…
E
ficas longe de mim.
Poisam
na tua voz todos os poemas em revolta,
Poisam
as estrelas, poisa o luar…
E
tudo aquilo que não volta.
Alijó,
03/10/2022
Francisco
Luís Fontinha
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