Quando o corpo incendeia
As tristes marés da
madrugada,
E sobre a ponte invisível
do luar,
À meia-noite, uma flor de
espuma,
Dorme na mão que semeia
O beijo de mar;
E peço à Virgem bruma
Que desenhe na alvorada,
Esta pequena canção de
saudade.
Quando o corpo se enfeita
de amanhecer
Nas sonâmbulas estrelas
que habitam na cidade,
E o corpo é desejado,
E por vaidade,
O poeta enforcado,
Sem o saber,
Dorme junto ao mar…
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 28/08/2022
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