Trazias no olhar
A espada cansada da
guerra
Que os meninos em
brincadeira
Desenhavam na sonâmbula
alma
As tristes palavras da
alvorada,
E tu, em gritos pedaços
de neblina
Dançavas sobre a água
calma do rio
Sem perceberes que em cada
luar
O uivo grito se
alicerçava aos teus ossos
De poeira esbranquiçada.
Trazias no olhar
As lágrimas da mentira
envenenada
Que não sabia voar…
Que não sabia nada.
Trazias no olhar
A saudade,
A dor triste oiro
Nos braços da madrugada;
Trazias no olhar
A espada cansada da
alvorada,
Enquanto os meninos em
brincadeira
Escreviam na tua mão
As palavras em despedida;
Trazias no olhar
A dor fingida da partida.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 29/07/2022
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