Quando o beijo envenenado
Desce na tua boca em
delírio alimento,
Quando a espada sobre a
cabeça do condenado
Escreve o poema da
verdade;
Quando as flores levadas
pelo vento
Trazem as palavras da
saudade,
Quando acorda a manhã,
quando morre a madrugada.
Quando a tua sílaba
alicerçada aos teus seios madrugar,
É canção revoltada,
Quando trazes a mim o
desejo desejado
Que só a tua mão sabe
desenhar…
Neste meu corpo cansado.
Quando tudo isto
acontecer,
Quando o poema em
construção
Deixar de viver
E voar nas mãos de uma
criança mimada;
Então, terei o teu
coração
Que nunca mais irei
esquecer.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 8/07/2022
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