Se és o vento,
Leva-me.
Se és um abraço,
Abraça-me.
Se és um beijo,
Beija-me.
Se és um livro,
Deixa-me escrever em ti,
Desenhar os teus lábios
Na manhã quando acorda.
Se és a lua,
Semeia a luz no meu corpo
cansado,
Quando chora.
Se és uma tela,
Deixa-me pintar em ti a
Primavera,
Como fazem os pássaros,
Ou as flores,
Como fazem as palavras,
Se és uma lágrima,
Diz-me que o poema não
morreu,
Diz-me que as palavras
São fertilizante para as
tuas tristes noites;
Se és sol…
Não te canses de me
iluminar.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 23/02/2022
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