Somos instantes.
Sombras adormecidas,
Nas mãos do poema,
Somos cansaços,
Pinturas abstractas,
Somos liberdade,
Das palavras,
Nas palavras,
Somos nada.
Somos a noite,
Enquanto dormem os
esqueletos de vidro,
Somos guerra,
Somos fome,
Somos instantes,
Pessoas sem nome,
Nesta vida sem sentido.
Somos abraços
Dos beijos que voam,
Somos luar,
Somos a fogueira,
Somos instantes,
Somos a pedra,
Somos o vinho…
Somos pedaços.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 26/02/2022
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