Um dia
Regressará o sono,
A luz,
E todos seremos apenas imagens,
Poeira,
E pequenos nadas.
Um dia
As palavras serão
sombras,
E das imagens que eramos,
Seremos novamente, nadas;
Pequenas migalhas de pão,
Pedras,
Calçadas de espuma,
Em guerra na cidade,
Um dia seremos apenas
chuva,
E pedacinhos de lágrima.
Um dia seremos nadas,
Ou outra coisa
semelhante,
Um dia seremos geada,
Luz…
Ou fogueira ardente.
Um dia seremos nadas,
No outro dia,
Gente.
Um dia seremos pó,
No outro dia, dor, corpo
ausente.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 12/12/2021
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