Todos os nomes
São sombras de néon
Sobre a praia da saudade.
Todas as palavras que me
escrevem
Pertencem aos teus lábios
De maré adormecida.
Todos os versos,
Esses,
São a voz rouca do meu
esqueleto sem nome,
Aquele que pertence à
pequena equação de areia,
Junto às dunas da
insónia.
Dos gemidos da tua boca
Emerge até à montanha
Um finíssimo fio de
sémen,
Raízes,
Árvores caducas
Que se escondem na
neblina;
Pertenço, assim, aos
cubos e triângulos
Das esplanadas da
loucura,
Sempre que acorda o dia.
Todos os nomes
São sombras de néon
Sobre a praia da saudade,
São pedras de desejo,
Rios de espuma.
São canções são beijo
São sexo são bruma.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 29/09/2021
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