(Dois mil e quinze, foi
uma merda; dois mil de dezanove, foi uma merda e, dois mil e vinte, contra tudo
e todos, foi maravilhoso).
A alvorada voz da manhã,
Quando a terra se encosta
ao Douro e, descansa.
Descansa a alma,
Descansa a mão inanimada
da esperança,
Descansa o menino,
Descansa,
Descansa a criança.
Descansa o raio que o
parta,
Quando subo à montanha e,
Uma fotografia, que
descansa,
Descansa a vida malvada.
Ai, menino,
As suas mãos são de oiro,
São castanhas, são
cinzentas manhãs em Paris,
Descansa,
Descansa corpo santo,
À voz de quem o diz.
São palavras,
São desenhos,
Descansa mão do artista…
Descansa, descansa mundo,
Na voz melódica da manhã,
Que descansa sem se ver,
Descansam as palavras,
Descansam todos os
versos;
Descansa sua beleza,
Nos cadernos de escrever.
Francisco Luís Fontinha,
01/01/2021
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