Das
lágrimas do mar de rosas,
Nasceram
os teus olhos de Primavera.
Dançam
as andorinhas sobre a poeira tarde,
Como
palavras brincando com o vento.
Das
lágrimas do mar de rosas,
Obtenho
o silêncio dos teus lábios,
Tão
belos, no chão desenhados,
Na
eira brinco com o papagaio de papel,
Corro,
corro, corro sem parar,
E
abraçar,
O
teu corpo,
De
silício.
Grito
pelo mar,
Sempre
ausente de mim,
Eu
que vivi,
Sobre
o mar,
Sobre
o vento,
E
hoje, pareço um transatlântico traumatizado pelas ondas melódicas da noite,
O
profano,
O
homem da paixão,
Que
por engano,
Que
por medo,
Diz
não,
Diz
não.
Das
lágrimas do mar de rosas,
Nasceram
os teus olhos de Primavera.
Pego
na tua mão de porcelana,
Acaricio
o teu rosto de cristal,
E
no final da tarde,
À
hora do lanche,
Ofereço-te
um beijo,
Sem
perceber,
Que
habita em mim o Oceano teu desejo,
São
os livros, meu amor,
São
os livros que que alimentam a paixão.
Morre-se
de quê?
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
05/04/2019
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