Gostava
que as tuas mãos fossem palavras,
Sonhos
encantados nas páginas de um livro embriagado,
Gostava
que as tuas mãos fossem fósseis,
Pedaços
de ossos,
Adormecidos
no lençol da madrugada.
Gostava
que as tuas mãos fossem um sorriso,
Um
rio envergonhado correndo para o mar,
Gostava
que as tuas mãos tivessem nos dedos pequenos dardos de sangue…
Quando
acorda a lua.
Gostava
que as tuas mãos fossem papéis,
Pedacinhos
de jornal,
Entre
parêntesis,
Em
cada final de tarde.
Gostava
que as tuas mãos fossem um carrossel,
Com
crianças de sombra,
Gostava
que as tuas mãos fossem um poema,
Cantado
pelo silêncio,
Nos
lábios de uma pomba.
Gostava
que as tuas mãos fossem a Primavera,
Flores,
Jarras
envenenadas por flores…
Das
flores desencontradas.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
12 de Maio de 2018
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