sábado, 9 de setembro de 2017

Poema sofrido


Uma fotografia para recordar o teu sorriso

Nas manhãs incompreendidas do sofrimento,

Uma lápide onde desenho a tua dor…

Quando amanhece em mim, e, e no infinito vives amargurado,

E sem alimento,

Uma enxada prisioneira no tempo,

Quando aos socalcos regressa o meu corpo cansado…

E vivo ancorado

Neste mundo sem juízo,

 

Alegra-me saber que estás feliz,

E percebes a minha dor…

 

No entardecer do poema sofrido,

 

Uma fotografia,

Cansada da vida,

Uma imagem prateada…

Nas mãos de uma esferográfica,

 

Uma canção esquecida…

Na garganta de uma criança.

 

Não sei o que te dizer!

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 9 de Setembro de 2017

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